Nesta manhã, ali na Lagoa, quase não podia andar. Barroava no camelô, que voltou com todo o gás, e nos pedestres abobalhados com as ofertas das vitrines. Ninguém podia andar a mais de 0,0005 km por hora. Os calos doíam, o suor descia de bica, o fedor dos esgotos misturava-se ao cheiro de alfazema barata saído dos suvacos mal cuidados das mulheres gordas e banguelas. Um loira safada olhava para mim e tirava a chapa com a língua, fazendo-a voltar e sair numa rapidez de relógio cuco. Era assim que devia de sentir o Raféénhaa ! se arreganhando todo pra uma platéia pão - com - ovo em um encontro pornô de quinta lá pras bandas dos EUA.. se fosse em JPA seria decadência pura + nos estrangeiro é uma coisa básica pra garantir os cem conto pro quilo de mel coado na biboca de seu Tóin de cada dia neah ! ? kkkk ! Na platéia eram muitas babys com só dois dentes, que viajavam pela língua da dona indo e vindo freneticamente. Desejei apelonesmente que ela engolisse aquilo e, na saída, levasse uma mordida no rabo do Raféénha para deixar de ser sebosa.
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